sexta-feira, fevereiro 18, 2011

O Despertar - Parte III

Mael nunca foi meu imortal predileto, na verdade, nunca gostei dele. Sempre o achei fatalista demais, por demais exagerado e deprimente. Mas, esse não era o momento de pôr minha opiniões acima das necessidades.

- Que faz aqui, Selene? Veio para o bem, ou para o mal? - perguntou, seco como sempre.
- Eu não vim a nada. Tenho apenas um forte interesse no que acontecerá hoje. Em todo
caso, foi bom encontrá-lo. - disse, ao sair inclinando levemente a cabeça, em uma tímida reverência.

Precisava ficar alheia aos problemas de Mael, que não conseguia tirar de sua mente a imagem de Jess. Talvez eu devesse avisar que parasse de tentar não pensar nela, isso só fazia com que pensasse mais.

A demora de Khayman me deixava impaciente, avistei outros vampiros, de menor porte, desconhecidos para mim. Deveriam ser os vampiros da Irmandade, que desejavam assassinar Lestat, e esses iam ter um final trágico. Lestat é poderoso como poucos de nós conseguem ser, é belo e ousado, e não se deixaria abater por uns jovens tolos, cheios de regras inúteis.

Estava tão presa em meus pensamentos que não notei a presença de Armand... Tão próximo de mim, tão moderno, e acompanhado. Daniel estava com ele, transformando finalmente. Parecia animado, contente com a situação, como se todo o perigo não lhe afetasse,como se não o envolvesse.Quase sorri com seu comportamento se divertindo com o show, parecido com os mortais, tão típico dos recém-nascidos.

Mas Armand, com seu péssimo gênio quebrou a situação. Olhando para mim com seus olhos
frios e interrogativos. Perdi o interesse e virei o rosto.
Não queria falar com ele, muito menos olhá-lo.

Khayman logo apareceu, e não senti sua presença antes de vê-lo. E o notei não por tê-lo visto, mas pelos olhares espantados que Mael e Armand lançavam na minha direção, e claramente não eram dirigidos a mim.
Sua aparência causava grande espanto em outros vampiros, que ainda não estavam
acostumados com ele. A brancura de sua pele, a rigidez de seu sorriso, seu rosto parecia uma máscara fria e sem expressão.

Logo que o encontrei perdi a postura altiva e cai em seus braços, com o rosto afundado em seu ombro, quase chorando. Ficamos abraçados um tempo, mas seu silêncio me fez ver que não era o momento para lamentações. Demos os braços e voltamos para junto da multidão.

Ouvi o pensamento de Mael que era bem similar ao de Armand.

" Mas quem é esse vampiro? Quantos anos terá? Qual sua relação com ela? E ela tão altiva, parece chorar, porquê?"

Ignoramos as indagações e continuamos avançando entre os mortais, quando notamos uma
agitação, eles pareciam saber de algo que não sabiamos. Era o Vampiro Lestat, entrando no palco, como um grande astro. Um astro reluzente e contente. Cantando em plenos pulmões, com sua voz sobrenatural ressoando alto. Sem necessidade de microfones ou amplificadores.

Khayman ficou maravilhado com aquela revelação, aquela exposição.Ele não parecia se
importar com velhas regras que nunca foram escritas.

O show passou sem muitos problemas, acompanhamos atentamente toda a movimentação...
Quando o show terminou, Khayman saiu em disparada parecia ter notado algo que eu não
havia. Vi Mael passar rapidamente para a saída, e eu que não poderia ficar ali, parada...

Resolvi ir de vez encontrar a gêmea ruiva. Khayman sabia o caminho, Mael veio sob suas ordens, mas Armand e Daniel iam precisar de mim.

Eles estavam correndo, fugindo da presença de Akasha que estava cada vez mais próxima, e iam tentar encontrar o Vampiro Lestat. Precisavamos encontrar as gêmeas, Lestat ficaria bem.

- Armand, temos que ir. Temos que ir agora! - falei, segurei-os pelos braços e os avisei que ficassem próximos de mim. Nós iriamos voar!

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

O Despertar - Parte II

Ao despertar na noite seguinte, tive tempo apenas para tirar o pó das roupas, e voltar a viajar, voando, correndo... Mas quando cheguei em Londres, parei para descansar e me recompor. Passei rapidamente em uma loja, comprei roupas e alguns acessórios...
Parei em um modesto hotel,o primeiro que encontrei, estava mais preocupada com a funcionalidade que com o requinte.

Não havia muito o que fazer, pedi a recepção do hotel que reservasse para mim uma passagem no próximo voo para São Francisco. Deixei-os ocupados com números de cartões de crédito, nomes falsos, endereços falsos, falsos pretextos, enquanto me lavava, me trocava e tentava relaxar um pouco.

Adiantou pouco, ou quase nada... só conseguia pensar nos meus filhos, em Khayman... em Marius, e seu chamado, minha raiva diante da minha impotência foi enorme. Gostaria tanto de podido ir ao seu encontro, de ajudá-lo. Meu velho amigo, que pedia a todos nós que o ajudassem... As lágrimas continuam existindo em mim, até hoje.
Nesse momento, até Armand estava esquecido. Mas logo pensei nele, em como estava
condenado igual a qualquer outro de nós. A falta de noticias me perturbava, não havia
como saber como estavam todos.

Eu estive isolada deles por tanto tempo que não havia como contactá-los. Não por vias
diretas. Não tinha números de telefone, endereços, contatos.. Nada! Me perdi na era
moderna, presa no frio da Rússia. Presa nos olhos de meus filhos...
Parei por alguns momentos, fiquei olhando fixamente para aquele telefone, parado na
mesinha ao lado da cama. Querendo quase obsessivamente ter algum número para discar, não havia número algum. ' Estúpida, quem mandou se desligar do mundo, dessa maneira?.'

Pensava, cheguei a dar uns tapas de leve na testa. Para me repreender.
Logo a recepção ligou, meu voo estava marcado para as 22:00 hrs, o que seria meia hora depois. Me apressei em chegar ao aeroporto e por fim embarcar.
Estar entre os mortais me confortou, esperei proteção naquela situação. Em estar entre pessoas as quais ela não tinha razão aparente para matar.

Virei-me na poltrona, olhando pela janela, escondendo minhas lágrimas... Que causariam grande espanto nos mortais... Tentei pensar nos motivos dela, em porque acordar justamente nesse momento. Só pelo jovem vampiro? Eu não acreditava nisso. Tinha de haver algum propósito nisso, nessas mortes.
As horas demoravam a passar, demoravam muito.

Voltei a pensar em Mikha e Vlad, naquela região tão afastada, e se por fim eu mesma caísse na batalha? Quem iria guiá-los? Quem iria acordá-los? Mantê-los?
Comecei a imaginar que seria melhor tê-los trazido, seriam de mais ajuda aqui, que lá...
Mas não, eles se arranjariam sem mim, eram espertos, inteligentes, sempre foram. Eram bem antes de eu transformá-los, continuariam sendo sem mim.
Quando dei por mim, a comissária de bordo já estava dando as instruções para deixarmos o avião. Ótimo, já estava onde devia estar.
Agora era encontrar os vampiros!

Quem procurar? Ainda faltava algum tempo pro show... Ir diretamente até Lestat? Procurar Khayman? Quem sabe... Armand. Mas ele a essa altura já deveria ter transformado Daniel, e estaria ocupado com ele.

Decidi ir ao local do show e esperar Khayman aparecer.
O espaço onde o show seria realizado estava como eu imaginava, cheio de mortais apaixonados pela mitologia dos vampiros, a música do vampiro Lestat ecoando pelos ares, suas letras ousadas e reveladoras, sua voz era agradável de ouvir, o ritmo pesado do rock quase me fez esquecer nossa situação. Os jovens mortais dançavam, vestidos com suas roupas que imitavam a moda vitoriana, as longas capas, as maquiagens pesadas, cheios de pó para empalidecer suas faces rosadas, os colmilhos de plástico...
Quase ri em meio a eles, tão distantes da realidade, tão jovens e vibrantes, não era de se espantar que Lestat desejava entrar no coração e nas almas dessas criaturas.Que
desejava ser conhecido e amado por eles.

Apesar de entender seus motivos, nunca cogitei a possibilidade de me revelar a um mortal que não desejasse matar... Talvez achasse que isso fosse dificultar minha eternidade.Um apego ainda mais profundo por eles. Não um apego, mas uma ligação. Estar ligada a alguém que conhecesse minha condição e não fosse um de nós.

Os mortais passavam por mim,deixando seu cheiro profundo, o cheiro dos copos cheios de cerveja, Bloody Marys ou refrigerantes. Estar ali era como ter algo em comum com todos eles. Um show é de fato um evento interessante de observar.

Fiquei na entrada, esperando avistar outros vampiros, e principalmente meu Khayman. Ele provavelmente estaria bem preocupado e ansioso, ainda esperando a outra gêmea ruiva. Essa confiança de Khyaman no reforço dela me preocupava... Não sabíamos com que intuito Akasha havia despertado e esperar para ver não parecia a melhor medida a tomar.

Depois de mais ou menos uma hora de espera, avistei o primeiro vampiro verdadeiro. O que não foi difícil, já que... nenhum daqueles falsos vampiro tinha nossa força, nosso cheiro e muito menos nosso brilho sobrenatural.
Caminhei até ficar às costas do vampiro, lhe toquei de leve no ombro.
Ele virou calmamente, como se quizesse mascarar seu medo de mim.

- Mael... não precisa ficar espantado, sou eu, Selene. - disse, tentando acalmar o
vampiro que parecia um bárbaro viking em meio a vários e vários lordes franceses.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

. O Despertar . - Parte I

Boa Noite!

Sabe, há de fato poucas histórias tão... pesadas no conceito dos vampiros do que a de hoje...

A história, que tenho para contar é famosa e muito complicada... O despertar da Rainha.

Nossa origem finalmente revelada... Um evento que despertou das entranhas dos mais frios vampiros, o medo... a ameaça às suas vidas. Senti na carne o sofrimento dos mortais, a angustia, o medo da morte inevitável... Uma força além dos meus limites de defesa.Senti o medo, pelos meus filhos, meus amigos mais próximos... até mesmo por Khayman. Ele que é pra mim tão sólido quanto as pirâmides, tão forte quanto qualquer força da natureza.. Até por ele senti um medo. Esse capitulo da nossa história é negro... melhor,vermelho.
Vermelho como o sangue de todos os nossos irmãos-vampiros perdidos, mortos, encurralados,destroçados,feridos, acuados... Pelas mãos de nossa própria mãe, a raiz de todo o poder, e mal.
O âmago da questão, o receptáculo do espírito..

Vocês, que já devem ter lido o " Rainha dos Condenados" sabem a história... Mas eu sei melhor, estive lá... sofri como todos a angustia fornecida por Akasha.
Estive lá, sofri com eles... Sofri cada morte e a alegria do embate final.

Bem, acredito que já contei onde estava no momento do despertar, que senti a morte de Enkil, descrevi minha tristeza, minha loucura...
Mas logo houveram mais mortes, mais sofrimento.. Não que os assassinados fossem próximos a mim, mas não mereciam morrer apenas pelo desejo doentio de Akasha.


Então eu lembrei....
- Khayman!!Mikhail, Vladmir preciso protegê-los.. Eu preciso estar lá, eles despertam tarde,eles estão sozinhos... Eles..


Não disse mais nada, sai para noite, fui pelos céus, até chegar ao frio da Rússia...Chegando lá cada parte do meu corpo doía.. fora a pressão emocional, saber que ela atacava ainda com mais vigor os que dela fugiam... Mas não poderia deixá-los sozinhos, eles precisam de mim, pouco me importava a morte se pudesse defendê-los.

Encontrei meus filhos ainda dormindo, os dois dividiam uma espécie de porão abaixo da casa. Belos caixões com trancas por dentro e por fora, os abri com a mente. E lá estavam Vlad e Mikha, minhas últimas crias vampiricas,os únicos que sobreviveram aos séculos...
Eles despertaram ao sentir uma presença estranha em seu local de descanso.

- Selene!- eles falaram espantados comigo, ali,com aquele semblante assustado,
perturbada, pensando na melhor maneira de esconde-los.
- Calados,calados. - falei, andando de um lado para o outro da sala.
- O que está acontecendo? - perguntou Vlad.
- Um grande perigo para vocês, e é melhor que vocês não tenham consciência do que é.
Quanto menos souberem melhor. Um grande perigo para todos nós.- respondi.
- Isso não faz o menor sentido, do que se trata? Outros vampiros? Os humanos? - Mikha
pareceu assustado.
- Um problema muito grande, Mikha... Calem-se, já disse. Estou pensando em uma maneira de livrar vocês disso. - falei.


Passei mais alguns minutos até que parei um pouco e fiquei a sentir o movimento dela.
Onde estava, o que estava fazendo... Estava indo para o Ocidente... Afastava-se cada vez mais do Oriente, e isso em muito me tranquilizou.
Pensei nas montanhas, no Himalaia tão próximo de nós, nos limites dos nossos poderes
vampiricos... E lembrei de uma ocassião em que tive de me esconder em uma caverna no Himalaia.Com certeza seria possível levá-los até lá.
Deixá-los dormindo... como se estivesse ali a muito tempo, uma presença limitada e fria.
Esperava que assim Akasha os ignorasse.



- Eu tenho que pedir algo a vocês, algo muito importante. Vocês confiam em mim, certo? - perguntei um tanto distraída com meus planos.
- Claro que confiamos, devemos nossas vidas a você. Iremos onde você quiser. - responderam prontamente.
- Ótimo, nós teremos uma noite longa, rapazes. Muito longa. - disse,depois expliquei o meu plano.
Eles concordaram em ir mas acharam que seria muito complicado levar os caixões da Rússia até a Índia. Resolveram que comprariam ou roubariam por lá.


Viajamos o mais rápido que eles conseguiam... Meus filhos são muito jovens, não tem nem metade da minha força, mas são bem fortes. Aguentaram bem o ritmo da caminhada... Mas ainda não possuem o dom de voar.
Tive de usar todas as minhas forças, toda minha energia para levá-los comigo nessa

viagem... Depois a escalada, o frio... A neve, o medo constante... No fim, chegamos a uma caverna, escondida entre dois picos, o que dificultava bastante sua localização, e ainda mais alcançá-la.Vocês nem podem imaginar a complicação que foi, subir aquelas montanhas, enfrentar o frio, e o pior de tudo,com os dois carregando seus caixões. Para se enterrar junto na pedra. Minha incerteza de estar sendo ou não seguida, ou observada. E meu sangue puro, é muito próximo a linhagem real,para sentir os vampiros antigos como Maharet ou Akasha é bem mais difícil para mim...
Chegamos na caverna e comecei a explicar qual seria o plano de ação.


- Deixarei vocês aqui, dormindo, como se estivessem dormindo a muitos séculos, esquecidos, esperando a passagem do tempo. Talvez o perigo passe por vocês, passe e
ignore suas presenças. Quando isso passar, eu voltarei aqui, acordarei vocês, meus
amores. Juro que lutarei com todas as minhas forças para estar aqui novamente o mais rápido possível.- disse, abraçando os dois, contendo alguma lágrima, lágrimas de medo, de emoção, por fim, lágrimas de amor.

Eles nada disseram, limitaram-se a obedecer minhas instruções.

Deixei-os nos caixões, no sono mais profundo dos vampiros, aquele que pode durar de fato séculos. No alto daquelas montanhas, metade do meu coração, enterrado junto com eles. Com o meu sangue que corria nas veias dos meus filhos vampiros.

A descida solitária daquelas regiões inóspitas do mundo me fez perceber a imensidão da eternidade, que outros seres no mundo poderiam dizer que sozinhos enfrentaram a neve,o vento, altitude...
Quando finalmente cheguei em uma dessas cidades tão pequenas, que mal tem nome, não conseguia dar mais nenhum passo sem descansar... Precisava do sono reparador dos vampiros... Mas não imaginava como iria chegar a tempo, de como iria encontrar Khayman antes que ela o encontrasse. E ainda havia o show do Vampiro Lestat, que era meu dever assistir, eu deveria estar lá, para proteger o jovem... Precisava estar lá...Entretanto duvidei muito que conseguiria...

Me alimentei, nem sei bem como... me arrastei até uma cova que demoradamente cavei sob uma árvore.

-

.DeísmoFeelings.

O post de hoje, é para falar de uma escolha minha.
Algo bem pessoal, que é minha preferência nem religiosa, mas filosófica de vida.
Uma pergunta recorrente na minha vida, quer dizer, uma afirmação é...
" Mas Ka, você é atéia"... Como assim?
Não, não sou. Por favor pessoas, não sejam completamente ignorantes!
Além disso é um insulto.
Se bem que, criticar as crenças básicas dos que são diferentes é quase um esporte no Brasil.
Mas a essa afirmação eu tenho apenas uma resposta, " Não, eu sou deísta."
E como era de se esperar com isso vem a pergunta. " O que é deísmo?"
As pessoas são de fato ignorantes.
Algumas até conhecem o termo, mas o relacionam apenas a um pensamento do liberalismo politico na Revolução Francesa, não é bem assim.

O Deísmo é uma corrente filosófica de compreensão da vida, do espírito e das verdades espirituais. Não é religião, é um pensamento.

Uma definição básica

O deísmo é uma postura filosófico que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional.

O deísmo pretende enfrentar a questão da existência de Deus, através da razão, em lugar dos elementos comuns das religiões teístas tais como a "revelação divina", os dogmas e a tradição. Os deístas, geralmente, questionam as religiões denominacionais e seu(s) deus(es) dito(s) "revelado(s)", argumentando que Deus é o criador do mundo, mas que não intervém, nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia deísta. Para os deístas, Deus se revela através da ciência e as leis da natureza.

É interessante dizer, que o conceito deísta de divindade não corresponde, necessariamente, ao que comumente a sociedade entende ser "deus". Ou seja, existem várias formas de se compreender aquilo que é, supostamente, transcendente ou sobrenatural. Então, Deus pode ser compreendido como o princípio vital, a energia criadora ou a força motriz do Universo. Todavia, não propriamente como um ser antropomórfico. Tal representação é específica das religiões fundamentalistas, os quais o deísta não considera como sendo a verdade.

O deísta não necessariamente nega que alguém possa receber uma revelação divina, mas essa revelação será válida apenas para a pessoa que a recebeu (se realmente a recebeu). Isto implica a possibilidade de estar aberto às diferentes religiões como manifestações diversas de uma mesma realidade divina, embora não crendo que nenhuma delas seja a "verdade".

Conceitos Básicos do Deísmo.

  • 1- Admito uma existência divina, mas com características distinta de religiões.
  • 2- Corroboro que a "palavra" de Deus são as leis da natureza e do Universo, não os livros ditos "sagrados" escritos por homens em condições duvidosas.
  • 3- Uso apenas a razão para pensar na possibilidade de existência de outras dimensões, não aceitando doutrinas elaboradas por homens.
  • 4- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de alguma religião.
  • 5- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
  • 6- Prefiro elaborar meus princípios e meus valores pessoais pelo raciocínio lógico, do que aceitar as imposições escritas em livros ditos "sagrados" ou autoridades religiosas.
  • 7- Sou um livre-pensador individual, cujas convicções não se formaram por força de uma tradição ou a "autoridade" de outros.
  • 8- Acredito que religião e Estado devem ser separados;
  • 9- Prefiro me considerar um ser racional, ao invés de religioso.
  • 10- O raciocínio lógico é o único método do qual podemos ter certeza sobre algo


Espero que esse post explique muito sobre mim, e principalmente esclareça o deísmo a vocês. Espero que ajude os que estão perdidos, procurando um pensamento que os ajude.







segunda-feira, fevereiro 14, 2011

. Selene .

" Selene...." Meu nome está perdido durante os séculos, em rostos e bocas mortas.
Em olhares vazios e vidas vazias, tantas vezes foi falado em meio a sofrimento, prazer e morte.... Tantas vezes o que ficou perdido atrás do meu nome foi um corpo vazio, um inútil gesto de reclamação... Selene, um grito de socorro nos lábios de meus amantes. Selene, a promessa perdida da morte... a tola esperança de que eu voltaria.
Selene eles dizem, Selene elas choram... Sim... Selene é um prazer e uma personalidade passageira, nunca há realmente a possibilidade de uma volta.

Mas, na boca dos que sabem meu nome pode ser tão importante, Selene eles gritam em meio a febre.... Elas buscam meu nome quando choram sobre os corpos mortos de seus amados... É a vida, adoráveis senhoras. Eu os quis, eles me quiseram, inútil refutar meu desejo.
Um nome doce e significativo, de fato! Me agrado com o som produzido ao dizê-lo.
Selene, ele está falando...

O jovem que implora aos meus pés que não o deixe... é Selene isso, Selene aquilo...
Que sofrimento descabido...

- Vladmir... está feito! Você terá que viver sem mim, morrer sem mim. Aprender sem mim! - digo, impassível. Afastando de mim, os seus braços que insistentemente tentam me prender, me forçar a ficar, por amor.
- Você não pode, sempre disse que me amava, que iríamos ficar juntos, agora diga Selene, que razão há em me criar e logo abandonar? - reclamava, agora altivo, recomposto.
- Eu o amo, de fato. Deixa-lo em nada diminui meu amor. Mas, tenho meus deveres... tenho uma vida além daqui. Não existe uma razão em continuar. E você, não deseja ir. - respondo, com uma frieza que não existe, aparentando uma força que não tenho.
- Me matarei se fores. Não desejo essa vida eterna, essa solidão. Esse vazio, você que deu sentido a todo esse mistério, sem a sua presença essa realidade perde todo o encanto.
- Tolo... já tomei a decisão, seja homem e siga com a cabeça erguida. Não faça com que me arrependa de ter dado meu sangue à você.

Selene ele diz... Selene ele sussurra...

- O que há de mais belo que mil dos teus sorrisos? Me diga,ó majestosa musa do meu canto, o que há? Sem tua sublime presença, as belezas da noite se fazem frias e tristes. Um lamento sem tamanho, um mórbido amor por aquilo que é morto, e mesmo assim tão concreto.- diz meu jovem poeta, um adorável mortal que acolhi entre os meus, que cuidei e amei...
- Não sei o que há, sei que o não há... Eu, tu, nós... Nada. E tu logo voltaras ao que eras antes da minha existência,porque logo será apenas um amor morto e acabado. Porque Selene é perpetua, e tu logo acabarás....

Selene...o nome perdido no tempo, um nome esquecido na história obscura de tantos mortos. Esquecidos...
Nome ainda escrito no negro coração imortal dos vampiros....

domingo, fevereiro 13, 2011

sábado, fevereiro 12, 2011

Uma Simples Homenagem....



Bem, hoje dia 12/02/2011, vim cumprir minha promessa ao blog e seus seguidores, de não desaparecer... Mas.. infelizmente, não tive nenhuma idéia revolucionária sobre o que postar. Mas então pensei.. há algo mais louvável de homenagear que a vida? E melhor ainda, a vida de uma pessoa impar?

Antes de continuar... o que muitas pessoas não sabem sobre mim, é que me apego
fácilmente a elas, e crio uma amizade quase canina mesmo sem que elas notem. É muito fácil virar um grande amigo meu, e foi dessa maneira com a Danni...

Sim, Danni Foreman, dona do Blood and Books. Não sei se a reciprocidade existe, mas não ligo muito para isso. E hoje, é aniversário dela.
Acho o aniversário uma data muito interessante, festejar mais um ano de sua vida, um ano que é uma parte tão pequena de tempo, mas que pode significar grandes mudanças na nossa vida.
Eu não imaginava um ano atrás, estar ligada a pessoas tão especiais, tão gentis e interessantes. A Ilha da Noite é um recanto para alguns dos melhores prazeres da vida. Literatura, música, cinema, desenho, histórias, mitologia, escritos...

Tudo que há de mais calmante e animador para mim. Além desses amores, há uma relação de compreensão e amizade muito grande. Bem, e dentre todas essas pessoas maravilhosas, uma das que mais me aproximei foi a Danni... Danni que tem qualidades e preferências que em muito faltam a nossa juventude, é uma criatura admirável.

Deixando de lado toda essa rasgação de seda, finalizo esse post com os meus maiores votos de felicidade e prosperidade à ela.

Parabéns,
Danni!

sábado, fevereiro 05, 2011

É... como eu espero que vocês saibam, eu estou de volta à escola.
Pelo último ano.. é.
Por isso o blog está tão abandonado.
Não posso prometer postar logo, mas prometo postar...

Sinto falta disso aqui..

Beijos ;*