quinta-feira, dezembro 16, 2010



Boa Noite queridos.

Eu estava aqui me lembrando de um fato curioso.
E é sobre quando vi pela primeira vez o livro 'Entrevista com o Vampiro'.
Fiquei simplesmente horrorizada, mas por que tomar alguma atitude para com aquele pobre ser?

O pequeno Louis, o parceiro de Amadeo, o filhote de Lestat... eu não poderia fazer nada.
E o pobre rapaz não sabia de nada.
Suas memórias eram baseadas nas omissões de Lestat, a consciência atormentada de Armand e seus próprios sofrimentos.

Lestat sabia tanto... mas disse tão pouco. Típico dele, essa ironia, tratar Louis como um nada, uma mera sombra de sua personalidade. Puro disfarce, ele é terrivelmente carente de amor e atenção. Ele faz de tudo para ser notado e amado. Pobrezinho...
Armand, era uma péssima influencia naqueles tempos. Apenas de já ter saído das sombras e dirigir aquele belo Teatro, ele ainda não tinha se acostumado a voltar a luz. Nem tinha o que dizer. Marius como Lestat, não contou ao pequeno coisas que ele deveria saber.

Voltando ao livro... pobre Louis.
A mentalidade do povo daquela época não conseguia absorver o mistério, as sombras.
Tudo em Deus. Era no que acreditavam.
Ó Deus vai nos castigar. Vamos para o inferno...
Ó céus, ainda bem que não passei por esse tormento.
Meus deuses eram maldoso,furioso e irados, mas seus julgamentos de morte eram justos.

Enfim, encontrei o livro em uma loja, quando passeava em Nova York.
Nem sei exatamente por que li, a maioria desses livros é uma grande besteira. Mas aquele me chamou atenção. Logo nas primeiras páginas vi de quem se tratava.
Agora me arrependo de não ter conversado com Louis na noite em que encontrei Amadeo.
Não podemos mudar o passado, podemos?

Li aquela história... quantas mentiras.
Todos os vampiros conheciam a verdadeira história de Lestat.
Sabiamos que ele não era aquele monstro sem alma retratado no livro.
Ele tirou Armand da obscuridade, ele entendeu.
Somos criaturas de deus também, não das trevas.
Ele soube que devemos viver em festa e sabedoria, não na penúria e lástima.
Grande criatura ele é. Um dia contarei a vocês sobre a noite em que conheci o Príncipe.
Tem algo de envolvente nele, talvez seja sua ironia, ou sua irresponsabilidade.

O que eu fiz depois de ler o livro?
Queimei.
Grandes besteiras...
Senti vontade de procurar Lestat... mas como sabemos, ele ainda estava se recuperando da tentativa de assassinato que sofreu. Não seria justo desperta-lo para se decepcionar tanto.
Mas ele se vingou... oh se não.
Digno!

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