sábado, janeiro 08, 2011

. O Estranho no Bar .

Boa Noite!

Tudo bem queridos.
Tenho uma história nova para contar.
Sobre uma noite, e um homem.

Eu estava andando por Nova York umas décadas atrás, andava por lá observando as pessoas,
sentindo a vibração no ar, o vento nas árvores, o cheiro da água da chuva acumulada nas flores...
E a luz da lua quando refletia nas poças na calçada. Mas essa história aqui não é sobre minhas sensações ao estar nesse lindo mundo noturno.
É sobre um homem.

Ele parecia apressado quando passou por mim e esbarrou no meu ombro.
Se desculpou, tinha uma voz e um sotaque lindo. Resolvi seduzir aquele homem, absorver sua vida e suas paixões através do sangue. A çaca tinha começado.
Enquanto ele se desculpava, parecia que iria embora sem me olhar no rosto ou notar que eu era alguém,além de uma coisa em que ele havia empurrado.
Pois bem, ele iria me notar. Baixei um pouco a cabeça e depois levantei sedutoramente os olhos. E ele notou seu brilho sobrenatural. É, a caça tinha começado realmente.

Me limitei a sorrir e continuar andando, mas não andei para qualquer lugar, fui atrás dele. O segui por ruas apinhadas de gente e animação. Ele não me viu. Entrou em um bar, mas não um bar qualquer era um lugar luxuoso e sofisticado. Me sentei no balcão, num daqueles bancos altos e pedi uma bebida. Vodca servida em um copo alto e acompanhado de uma cereja vermelha, de um vermelho tão intenso que fiquei admirada. Então vi meu homem. Ele estava fumando e bebendo whisky. Agora eu podia vê-lo melhor. Era alto, com um corpo bem feito, cabelos ondulados e uma barba bem feita... lindos olhos castanhos e um sorriso encantador. Me aproximei dele... lentamente. Andando naqueles saltos escandalosamente altos que faziam tanto sucesso entre as mulheres, enquanto me aproximava, entrei na mente dele.
Estava recheada de imagens sexuais, muitas dele e de todas as mulheres com que já havia estado. Cheia de desejo pelas coisas que achou que iria fazer comigo. Doce engano meu querido. Eu vou possuir você.

Ele deu um sorriso malicioso e dispensou os amigos... Disse que tinha arrumado um programa melhor. Se aproximou de mim e me deu um beijo no rosto.

- Você, denovo. Está me seguindo? - ele me disse
- Não, claro que não. Sempre venho aqui, nunca me viu? - respondi.
- É, talvez eu não estivesse olhando bem. Mas como será,que deixei passar uma belezinha como você? - disse, mordendo levemente os lábios. Como os mortais fazem quando estão ligeiramente nervosos.
- Não sei. Quer me levar para casa? Acho que está tarde demais para andar por ai sozinha. - perguntei.
- Mas é claro. - respondeu.

Ele pegou seu casaco e saímos juntos do bar. De braços dados...
Mas não fomos para casa nenhuma. O levei para um lugar mais escuro da rua.

- Onde vamos?
- Você sabe onde vamos. Soube desde que me viu.
- Sei é?
- Sabe. Lugar algum.

Dizendo isso, o beijei e ele que não tinha entendido nada da minha conversa me beijou também... Mas ficou muito claro quando cravei meus dentes na língua dele. Que protestou é claro.
Entretanto, ele não tinha como se livrar do meu abraço. E por fim, ele pareceu começar a gostar da situação, e aproveitar o beijo. Passando de leve meu rosto no seu, sentindo a macia ainda que áspera barba que ele conservava, cheguei até sua garganta. E foi o fim de nosso adorável encontro. Quando o sangue jorrou do ferimento, quando sorri ao senti-lo enfraquecer e finalmente morrer no meu abraço. Mordi levemente minha língua e lambi as pequenas marcas de dente e tudo sumiu junto com a vida que ia embora.


Boa Noite.

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