sexta-feira, dezembro 31, 2010

. Caçando .



Boa Noite queridos!

Tem algo que nunca falei para vocês...Sobre as minhas vítimas.. Não é mesmo?
Sim.. Nunca falei sobre elas... Ou melhor, eles.

É, eu nunca matei uma mulher. Nunca.
Não para me alimentar.

E isso não tem nada, absolutamente nada de nada relacionado a feminismo.
Gosto dos homens? Algum problema com isso?
Sempre gostei dos homens... Os mais fabulosos.. Sim, eu não mato só os bandidos, nem a ralé das cidades. Eu gosto dos interessantes, dos que tenham uma vida saborosa. Um sabor que eu sinto a cada gole de seu sangue.
Vou contar meu 'modus operant'.
Eu os seduzo, sim. Com minha beleza e minha voz. A maravilha sobrenatural que sou...(não, vocês não estão nas memórias de Lestat.)
Converso com eles, sinto sua paixão por mim... Ou pelo que pensam que sou.
Eu os atraio, os procuro. Sim... Minhas caçadas nunca são fáceis, ou rápidas.
Gosto quando me abraçam, quando pensam que me conquistaram.. Sim, eu mato como as mulheres matam. Uso meus dotes contra eles... Sim, venham até mim. Venham perder suas vidas nas minhas presas...

Bom... querem acompanhar uma caçada?

Meu alvo é um jovem, descobri que ele é estudante. Está preocupado com sua prova... Sobre a Teoria das Cordas... Física. Sim..interessante.
Ele deve ter uns dezoito anos, cabelos pretos, curtos, cacheados. Usa óculos, com uma armação bem leve. Tem olhos calmos e castanhos. Umas leves sardas... Sim...
Ele está lendo. Eu o observo atrás da lentes de meus óculos escuros...
Como sempre, com um café entre as mãos. Sentindo o seu calor. Seu cheiro..
Ele cheira a café também. Oh, ele trabalha em uma lanchonete para pagar os custos da faculdade. Como é interessante. Venha para mim...
Usa essas roupas atuais, uma camiseta com personagens estranhos e uma calça jeans muito surrada.

Toco a sua mente... Sim, tenha alucinações.
Me veja... Agora todos somem, apenas eu estou aqui.
Venha até mim...
Então ele vem...

Eles nunca sentem dor... Eles nunca sentem nada.
Sim meu amor, estamos na sua casa, sim... Você está comigo, e seguro. Nada vai lhe fazer mal.

Ele volta ao normal, vê todos novamente.
Mas quer me ver. Continuo aqui. Venha.

Ele chega até a minha mesa.

- Estava esperando você, meu amor. - eu digo.
- Você me chamou... eu ouvi.. Ou melhor, não ouvi. Senti. - confusão.
- Sim, eu chamei. Venha ser meu. Venha me amar. Sim... eu amo você.

Consigo tirar ele do café. Ele me observa... Me toca.
Sim, eu sou completamente normal. Sou como você. Veja o que quer ver.

Um abraço... sim.. só um abraço.
O cheiro dele fere meus sentidos. hmm..
Um beijo na macia pele do pescoço..
Vamos ao poço dos desejos então....
A leve dor, que ele não sente.
E a confusão de imagens, memórias, seus maiores desejos.
Sua vida. Sim, absorvo toda ela... Sim, querido... Você está morto...

Um leve disfarce das presas... meu sangue..

- Você ainda faz isso? - Khayman estava sentado em um muro...
- Isso o que? - perguntei.
- Enfeitiçar os homens assim... Pequena feiticeira. - ele fica assustador quando sorri..
- Faço, sempre farei. Gosto dos meus homens. - ele passa o braço sobre meu ombro, e saímos juntos.
- Fique com seus homens minha lua.
- Mate seus gatos, meu pai.
- Injusta.
- Adoro você, Khayman.
- Amo você Selene.

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