domingo, dezembro 26, 2010

. Um Velho Amigo Romano .



Boa Noite queridos.

O que vocês andam fazendo?
Eu posso dizer o que eu fiz.... Uma pequena visitinha a um velho amigo.
Marius o Romano.

Eu sei que já contei a vocês sobre a casa de Marius, e sobre a minha admiração por ele.
Mas nunca com ele presente certo?
Ele me chamou, queria conversar... Vocês imaginam por que não é...
Marius está preocupado.. com.. ah, vocês já devem imaginar.
Não entendo por que os outros vampiros me acham uma má companhia...
Vocês me acham uma má companhia queridos?
Enfim... tá certo, eu já fiz muita coisa duvidosa nessa vida... Mas eu não vou matar só por um desentendimento...
Mas, ninguém acredita nisso.
Tem uma grande diferença entre o potencial de fazer algo e o ato em si.
Aristóteles fala bastante sobre isso na sua tese filosófica... Mas alguém liga?
Não custa nada dizer que essa desconfiança do Marius no meu autocontrole vem de uns... mil anos atrás...

Lá estava eu passeando por ai, a noite estava tão estranha que nem me lembro de que cidade era. Enfim, lá estava o grande Marius Romano e tals, com dois outros vampiros.
Um loiro e alto, que tinha características semelhantes a de Marius, mas sem sua grande beleza. E outro... Avicus. Lembrava-me dele... Fomos amigos, antes de ele ser sequestrado pelos Druidas dos bosques e trancado na Árvore como o Deus do Carvalho.
Como ele parecia mais interessante agora.

Bom, o outro como vocês devem imaginar era Mael...
Nunca gostei da presença dele... Tem algo de perverso e inútil nele.
Mas... Marius... Esse nome corria entre os vampiros.
O Romano, o intelectual, o que andava entre os mortais, e não menos importante... O Guardião. (claro, para aqueles que sabiam o que ele guardava.)

- Marius, o Romano. - eu disse, enquanto saltava do muro de uma casa, caindo levemente na sua frente. Pareci sobrenatural o suficiente?
- Marius eu sou. E você quem é? Por que me segue e a meus companheiros?
- Não sigo você. Ando pela rua. Você se acha dono da rua também? Não seja tão arrogante... Isso pode ser a sua ruína algum dia.
- O que você quer? Abrigo?
- Eu tenho muitas casas... Mas eu não vim falar com você.
- É ele que eu quero.
- Mael? O que você quer com ele? - ele pareceu surpreso... Tolinho.
- Não. Avicus.
- Você o conhece?
- Conheço melhor que você. Agora vá passear por ai com Mael... Cuidado para ele não morder você... Esse rapaz tem uma fúria introlável... e um ódio doentio por você.
- Você não pode me ordenar a sair de lugar algum. Eu posso matar você por andar ai nas ruas da minha cidade.
- Sua cidade?... É sua cidade para quem é fraco para ter medo de você... O que não é o meu caso. E não ache que eu vá ter medo deles... São fracos de espírito.
Quem me fez meu caro, era mais velho do que quem fez você.. Eu sou mais velha que você... Agora... nós podemos ser amigos ou não. Eu prefiro que sejamos. Preciso de companhia. E gosto de você, romano.
- Por que me chama de Romano?
- Por que sou grega, e nós não gostamos de romanos.
- Oh... Entendo. Mas quem fez você?
- Não posso dizer quem. Mas ele é tão velho quanto o pai e a mãe. E sim, eu os conheço. Nunca os vi... Mas os conheço. Meu mestre prefere não se aproximar deles até o momento certo.
- Você quer ir a minha casa?
- Quero. Tem uma festa lá?
- Não... não dou mais festas. Mas podemos conversar melhor. Não acho que a rua seja o local apropriado...
- Certo. Você tem razão.

Claro que não era o local apropriado. Mas aquilo era só uma disputa por território.
Se eu não ameaçasse a segurança dele, ele resolveria me enfrentar. E o resultado seria desastroso.

A casa de Marius era linda. Segura contra humanos, luxuosa, bem decorada. Tudo que você poderia esperar dele.... Ainda bem que os Pais não moravam lá... Aqueles dois corações enlouqueceriam minha mente... Já era difícil me controlar com Khayman... Aquele velho coração.
Mas devo dizer que aquela noite foi inesquecível.. Tirando onde era a cidade... Nunca consegui me lembrar onde era. Seria Roma? Antioquia? Constantinopla? Só perguntando a ele mesmo.

Reencontrei Avictus. Conheci Marius... Bom, e tentei dar um fim em Mael... Tem algo de muito ruim nele... Foi ai que começou a desconfiança de Marius... Mas não pensem que não gosto dele. Gosto bastante. Mas ele tem um pequeno defeito... ele é arrogante quanto a sua própria sabedoria... Isso me deixa um tanto irritada.. Talvez eu também seja assim, e só por isso me importe. Mas não se iludam.
Ele é um grande vampiro. É um mestre entre todos nós. E ele vai sobreviver...

Agora, sentada em um sofá muito confortável, ouço mais um sermão do mestre de Romanus... Sobre como o pobre Amadeo sofreu, de como ele deve ser preservado.. De como ele se arrepende... Não tenho mais paciência para isso.

De subito, levanto do sofá... Vou até Marius que está andando de um lado para o outro da sala...

- Escute... Eu sou antiga como você... Sofri muitas coisas, como você.
Mas ao contrário de você, eu sei manter minhas amizades.
Não vou machucar Armand. Ele sabe disso. E você, não venha me ameaçar denovo.
São novos tempos Marius. Acostume-se a eles. Ou pereça.
Nada me irrita como esses avisos intermináveis.. Eu posso parecer jovem, mas de jovem só tenho a aparência. Lembre-se disso e pergunte a Pandora como fico irritada com histerias sem propósito... Adeus Marius. Até a próxima festa. Você ainda tem meu telefone? Certo. Me procure se precisar encontrar alguém.


Bom.... essa história acabou.
Mas fiquem sabendo.. não gosto de ameaças...
Nem de avisos. Se eu morrer por falta de cuidado próprio... Que eu morra.
Não gosto de conselhos. Eu dou os conselhos.

Boa Noite !

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