domingo, dezembro 26, 2010

. Feliz Natal .



Boa Noite meus futuros Vampirinhos e Vampirinhas!

O Natal mortal se aproxima...
Eu não comemoro o Natal. Mas eu conheço uns vampiros que sim.
Vocês acreditam que eu já estive em uma festa de natal dos vampiros?

É mágica, vocês devem acreditar... mágico.

Nem foi há tanto tempo assim. Ano passado, quer dizer. A última que fui.

Vocês imaginam quem organizou a festinha?
Nem imaginam não é?

Pois eu conto a vocês. Foi Lestat.
E não na sua bela casa que eu visitei certa vez. Foi no grande convento onde morava a mortal Dora. Onde ele passou todo aquele tempo... ah, vocês sabem. Não quero comentar sobre isso. E Lestat, achou que seria de bom tom, depois de sua aventura ' Heaven and Hell' festejar a chegada de Deus encarnado... Eu não perco festas, mesmo que elas não tenham sentindo algum para mim.

Eu estava em uma missão na Irlanda, uma pequena comunidade de jovens vampiros estava quebrando o sossego de um lugarejo afastado da capital. Eu não deveria matar os jovens, apenas instrui-los de que não deveriam caçar nas redondezas e sim em locais onde as mortes não seriam notadas tão facilmente. Uma missão fácil.
Quando tinha terminado minha pequena audiência com os pequenos... ( que devo dizer foi um pequeno desastre, tive que matar um deles para que eles me temessem e obedecessem), meu celular tocou.
Oh, sim eu tenho um celular, já disse isso a vocês?
Do outro lado da linha uma voz sobrenatural.

- Sim, é Selene.
- Sim. Olá Lestat!
- Onde arrumou o meu telefone? Ah, no bolso da calça do Louis? E como ele foi parar lá?
- Eu coloquei no bolso dele? Não sei disso Lestat... (rio disfarçadamente)
- Está bem, não vou mais colocar nada no bolso do Louis... Que coisa.
- Você vai dar uma festa? De Natal? E eu devo levar um acompanhante? Mas quem?
- Você está louco. Completamente. Você sabe que ele tende a surtar em festas cristãs, e em igrejas, e perto de quadros sacros. Lestat não me deixe falando sozinha.

Mas ele já tinha desligado.

Fui até o hotel onde estava hospedada para refletir.
Eu deveria ir? Ou não? Que mal haveria? Nenhum...
'Levar um acompanhante..' que loucura. E como eu convenceria ele a ir comigo?
Não quero ver o rapaz chorando de novo... Parabéns Lestat. Me deu preocupações mortais... Mas já que eu deveria ligar para informar sobre a missão...

Peguei novamente o aparelho celular que estava na minha bolsa e comecei a discar um número.

- Hotel Ritz Paris Boa Noite. - a voz de uma simpática recepcionista.
- Boa noite. Você poderia me dar informações sobre um hospede?
- Sim senhora.
- Ele é um rapaz de 17. 18 anos. Cabelos avermelhados... muito bonito, tem feições infantis... Um belo sorriso, paga bem e não é simpático.
- A senhora não pode me dizer o nome dele para que eu busque no sistema?
- Eu até poderia. Mas não sei que nome ele pode ter usado para se registrar. Ele é meu irmão sabe.... Ele fugiu de casa, nossa mãe está tão preocupada. Eu sei que ele está ai, por que é para onde ele sempre disse que iria. (menti.)
- Claro, mas temos sim esse hospede.
- Você poderia transferir a ligação para o quarto dele?
- Mas é claro.

Oh, os imortais, como mentimos bem.

- Minha irmã? Quem é você que mente para me encontrar?
- Boa Noite querido. Sentiu saudades?
- Oh, Selene é você. Claro que senti. Como foi a missão?
- Tudo OK chefe.
- Você matou alguem?
- Claro que matei. Eu sempre faço.
- Você ligou só para informar?
- Não. Tenho um convite.
- Convite de que tipo?
- Para uma festa.
- Que tipo de festa? Uma festa só nossa? Eu e você...
- Não seja indecente. É uma festa de Natal... do Lestat.
(e então ele riu longamente. um riso juvenil que lembrava o de uma criança)
- Ele dará uma festa de natal?
- Armand, eu sei que você não quer mais ficar perto de coisas religiosas e tudo... Mas ele exigiu que eu leve alguém. E no momento eu só posso levar você.
- Oh, sim. Vai ser nosso baile de formatura? Devo te pegar em uma limusine preta, com um lindo buque de flores?
- Você pode fazer tudo isso se desejar. Mas você vai?
- Sim... eu vou.
(ele continuou a rir... e eu ri também. Faziam meses que não nos falávamos diretamente... senti muita falta dele.)
- Pois bem, em que dia devo ir te buscar na limusine?
- Oh, na Noite de Natal. Mas eu prefiro que você venha com outro carro... esses ai me lembram carros de funerária.
- Está bem. Até lá querida.
- Boa Noite Amadeo.

Bom, assim eu já tinha tudo pronto para a fadada festa de Lestat.
Missão cumprida e um acompanhante.

Relatando a festa rapidamente, Armand realmente apareceu com um carro melhor na minha porta. Uma Ferrari. Ele tem bom gosto para isso.
Fomos a festa, conversamos, nos divertimos.
Lestat nos convidou para rezar, mas eu preferi não fazer isso. Acho que vai contra os meus princípios.
E trocamos presentes.
Quem não gosta de presentes?

Dei um livro ao David, um diário com capa de couro e auto-relevo ao Louis, ao Lestat um óculos bem exagerado como ele gostaria, uma capa para Marius, um colar a Pandora e para Armand, não consegui pensar em nada... Bom, dei o que poderia dar.
Qual presente é melhor que sangue?

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